Transporte rodoviário de cargas
Como são realizados os transportes de cargas?
No Brasil, além do transporte rodoviário, o abastecimento interno e as exportações podem ser realizados por três outros meios: aéreo, ferroviário e hídrico. O primeiro é composto por 2.457 aeroportos (públicos e privados). Entretanto, apenas cinco deles se destacam no transporte de cargas: Galeão, Viracopos, Guarulhos, Manaus e Brasília.
Já o sistema ferroviário, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), é o maior da América Latina quando se considera a quantidade de carga transportada. São mais de 30 mil quilômetros utilizados para o escoamento da produção. Apesar disso, o sistema ainda é insuficiente para a logística e dimensão do território brasileiro.
Quando o assunto é exportação, as hidrovias se destacam. Os 37 portos (públicos) marítimos e fluviais são responsáveis por mais de 90% da saída de produtos do Brasil. Em 2017, de acordo com a ANTAQ, foram transportadas mais de 800 milhões de toneladas.
Mesmo com essas três outras opções, o principal meio de movimentação de cargas no Brasil é o transporte rodoviário. Seu custo gira em torno de 6% do PIB nacional e representa mais de 60% da movimentação de mercadorias. Na indústria alimentícia, a receita chega a 65,5%, enquanto na Agroindústria, atinge 62%.
Esses dados demonstram que mais da metade da receita líquida das empresas passa pelas rodovias. O Brasil tem aproximadamente 1,720 milhão de quilômetros de estrada, mas isso não significa facilidade no deslocamento. Desse total, apenas 12,3% é pavimentada e somente 50% das rodovias federais estão em bom estado. Nesse cenário, nada mais importante que o trabalho do caminhoneiro!
Quem vive o dia a dia nas estradas revela que as melhores condições de deslocamento são no sul do Brasil, seja nas rodovias sob os cuidados de parcerias público-privadas ou nas estaduais. Já no norte e nordeste a qualidade das estradas cai um pouco. Para enfrentar as adversidades é preciso mais do que manter o asfalto em boas condições. O ideal é construir pistas duplas, principalmente nas rodovias mais movimentadas.